Bio Digital Atlas Digital da Biodiversidade Faunística dos Ecossistemas Aquáticos de Sergipe

A chinese lion statue

Bem vindos ao Atlas Digital da Biodiversidade Faunística dos Ecossistemas Aquáticos de Sergipe, um programa para a internet com imagens e textos explicativos dos ambientes aquáticos sergipanos e da fauna associada a eles. Naveguem pelo site e aprendam um pouco mais sobre os ambientes do estado e sua rica fauna. Com acesso a essas informações, espera-se formar um público capaz de reconhecer a fauna específica do estado e de desenvolver uma consciência ecológica. Esse instrumento também pretende contribuir para o ensino de ciências e biologia no estado, fornecendo elementos para uma aprendizagem contextualizada e significativa dos alunos e fornecendo um novo recurso didático a ser explorado pelos professores.

Água de lastro

junho 16th, 2009

Água de Lastro

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www.meioambienteurgente.blogger.com.br

 

A água de lastro é a água armazenada em tanques nos porões dos navios para dar peso e estabilidade, mantendo a segurança e eficiência operacional, especialmente quando o navio não está carregado. Ela é transportada de uma localidade para outra, levando junto espécies exóticas que podem causar danos aos ecossistemas marinhos, à saúde humana, à biodiversidade e às atividades pesqueiras.
Grande parte das espécies marinhas possui um ciclo de vida que inclui estágios planctônicos e, além desses organismos, bactérias, espécies totalmente planctônicas e pequenos invertebrados são carregados com a água do local onde os navios enchem os tanques para outros portos, quando os tanques são esvaziados.

 

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www.portodesantos.com.br

O ambiente dentro dos tanques de lastro pode ser inóspito aos organismos e mesmo aqueles que conseguem sobreviver e são descarregados, possuem chances reduzidas de sobrevivência nas novas condições ambientais.
Porém, algumas espécies conseguem se estabelecer no ambiente invadido e tornam-se capazes de ocupar o espaço de organismos residentes. São mais suscetíveis a esse processo, portos situados em áreas protegidas, como baías e estuários, além de portos de carga ou descarga ecologicamente semelhantes.
As espécies exóticas que se fixam em novos ambientes, geralmente, ficam livres dos predadores naturais, podendo alterar o equilíbrio ecológico local, e causar impactos negativos na pesca, na aquicultura e em outras atividades econômicas.
A International Maritime Organization da ONU estima que em 1939, 497 espécies exóticas haviam sido introduzidas em ecossistemas de todo o mundo. Entre 1980 e 1998, esse número subiu para 2.214 espécies.
Para controlar os problemas causados pela água de lastro, diversos métodos vêm sendo testados como alternativa: Troca de lastro em alto mar (Considerado o método mais efetivo na prevenção de introduções biológicas), Método Seqüencial (Trata-se de operações em seqüência do deslastreamento total do tanque e subseqüente lastreamento), Método de Transbordamento (ocorre através do bombeamento da água durante certo tempo e fazendo transbordar o excesso pela parte superior do navio), Método do Fluxo Contínuo (troca do lastro sem esvaziar os tanques, enchendo-os ao mesmo tempo com água limpa numa quantidade três vezes maior ao volume do tanque), Método Brasileiro de Diluição (carregamento da água de lastro a partir do topo do tanque e, simultaneamente, a descarga dessa água no fundo do tanque).

 

Referências Bibliográficas:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./agua/salgada/index.html&conteudo=./agua/salgada/artigos/aguadelastro.html
http://www.portodesantos.com.br/qualidade/lastro.html
http://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/public/paf/agua_lastro3.pdf
http://zoo.bio.ufpr.br/invasores/outros.htm

Praia Limpa no Verão

abril 24th, 2009

A Revista Seleções traz a cada edição uma seção chamada “Meu Planeta”, escrita por Mariusa Colombo, bióloga, especialista em Saneamento Ambiental e mestre em Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Sistemas Agroambientais da Universidade de Bolonha, Itália. É uma seção muito interessante, sempre com temas atuais que alertam para os problemas ambientais.

Na ediação de Fevereiro de 2009, o tema foi “Praia Limpa no Verão” que será aqui transcrito:

Meu Planeta
Praia Limpa no Verão

Por Mariusa Colombo

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www.joaopessoa.pb.gov.br

“Quando chega o verão, nos sentimos irremediavelmente atraídos pelo mar. Milhares de pessoas se dirigem todos os dias para algum ponto de nossos quase oito mil quilômetros de praias, verdadeiros paraísos terrestres.
 
Quase sempre, porém, o pé humano deixa suas pegadas. Fiz um pequeno exercício mental tentando me lembrar de tudo o que já encontrei nas areias da praia. Faça você também: olhe para o seu entorno e repare no que vê. Garrafas de suco, de água, e latas de refrigerante? Embalagens de sorvete, de biscoitos, de salgadinhos? Cascas de frutas, cocos e canudinhos? Caixinhas de leite, embalagens de protetor solar? Torço para que você não encontre tudo isso. Pois saiba que algumas embalagens não são nossas: provêm de outras praias, de outros países, alguns deles longínquos.
 
Essas embalagens, quando mal destinadas, podem parar no único lugar onde não deveriam: dentro da água. Podem navegar por anos e anos antes de se decompor ou de ter outro tipo de destinação, como, por exemplo, a barriga de algum animal marinho. Não se espantem. Tartarugas marinhas os confundem com medusas e se afogam tentando comê-los. E milhares de golfinhos e outros tantos animais do mar confundem os objetos de origem humana, que se deslocam de forma errante ao sabor das correntes oceânicas, com alimentos. Esses materiais podem navegar e se manter inalterados por mais de um século até que encontrem as praias.
 
Sabemos que, de alguns anos para cá, e não apenas no Brasil, o interesse de órgãos e entidades gestores dos ambientes costeiros é crescente no sentido de difundir o respeito, o cuidado e a preservação do ambiente. O assunto se tornou tema de debates internacionais contribuindo para o surgimento e o desenvolvimento de um setor específico, aquele produtor de máquinas para a limpeza das areias das praias. Mas, e nós, como podemos contribuir? Acredito muito em nossa atuação como vigilantes das praias.
 
Nesse sentido, existem ações com o intuito de divulgar a grande quantidade de lixos e entulhos que se acumulam nas areias, tanto os deixados pelos banhistas como os trazidos pelas águas. Descobri que mesmo em praias desabitadas podemos encontrar verdadeiros cemitérios de embalagens, os ditos lixos globais, cujo ponto de partida pode estar separado do ponto de chegada por milhares de quilômetros. Tais materiais terminam soterrados pelo movimento das areias e pelos ventos, formando o que chamamos de passivo ambiental.
 
Assim, no caso de não encontrarmos lixeiras apropriadas para cada tipo de resíduo, devemos nos responsabilizar por nossas embalagens. Podemos e devemos levar nosso próprio saco de lixo e nele armazenar todo o material de descarte, colaborando para manter a praia limpa, bem apresentável e, principalmente, para que nosso lixo não vá parar em outras praias.
 
Agora, se você olhou para os lados e não identificou qualquer resíduo, lixo, embalagem ou até mesmo resto de comida, considere-se um sortudo. Você faz parte de um grupo seleto que tem a oportunidade de desfrutar de ambientes nos quais as pessoas já adotaram uma postura de preservação, de respeito para com o próximo e, o mais importante, para com o meio ambiente.”

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